O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, defendeu hoje o desenvolvimento de alianças estratégicas entre os países da União Europeia, mas também entre estes e a indústria farmacêutica, de forma a garantir um maior e mais equitativo acesso ao tratamento dos cidadãos.
Durante a sessão do Conselho de Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores (EPSCO), que teve ontem início no Luxemburgo, referiu que “o estabelecimento futuro de padrões de prescrição e benchmarking entre os países poderá deixar uma boa marca na excelente iniciativa que foi a da presidência holandesa e a que, estamos certos, a presidência eslovaca dará continuidade.”
Adalberto Campos Fernandes elogiou a “ agregação voluntária de vontades que neste momento se forma entre diferentes países”, em áreas como a procura, compra e a negociação de tecnologias na área da saúde. Mas não negou que “será impossível conciliar o desenvolvimento económico fraco em toda a Europa com uma pressão tão intensa sobre o preço e sobre a entrada de inovação nos nossos países.”
À semelhança de outros Estados membros, incentivou uma aliança estratégica com a indústria farmacêutica, “no sentido em que a criação de valor se reparta entre a própria fileira industrial e, naturalmente, a sustentabilidade dos sistemas de saúde e as expectativas que os nossos cidadãos têm”.
Durante o encontro de dois dias, em que também esteve presente o presidente do Conselho Diretivo do INFARMED, I.P., Henrique Luz Rodrigues, foram realizadas diversas reuniões bilaterais entre os vários países.
Estes encontros vieram dar continuidade ao trabalho que tem estado a ser desenvolvido e que, em maio, levou os ministros da saúde europeus a participar num encontro com a indústria farmacêutica em Haia. A marca destes trabalhos tem sido a criação de acordos sustentáveis com o setor.
O próximo encontro está previsto para outubro, havendo a expectativa de que o mesmo venha a realizar-se em território português.